Quando Levar Seu Filho ao Psiquiatra Infantil? Saiba os Sinais de Alerta

Nos dias de hoje, a preocupação com a saúde mental infantil tem se tornado cada vez mais relevante. Crianças e adolescentes estão expostos a diversos fatores que podem impactar seu desenvolvimento emocional e comportamental. Por isso, reconhecer os sinais que indicam a necessidade de uma avaliação profissional é fundamental para garantir que recebam o suporte adequado.

Neste artigo, exploramos os principais sinais de alerta que indicam quando levar seu filho ao psiquiatra infantil, explicamos o papel desse profissional e oferecemos dicas para os pais lidarem com esse processo da melhor maneira.

O Que Faz um Psiquiatra Infantil?

O psiquiatra infantil é um médico especializado em diagnosticar e tratar transtornos mentais, emocionais e comportamentais em crianças e adolescentes. Diferente de um psicólogo, que trabalha predominantemente com terapia, o psiquiatra pode prescrever medicamentos quando necessário e coordenar um plano de tratamento que pode incluir acompanhamento terapêutico e intervenção multidisciplinar.

Sinais de Alerta: Quando Procurar Ajuda?

Nem todo comportamento diferente ou crise emocional significa que a criança precisa de um psiquiatra infantil. No entanto, alguns sinais podem indicar a necessidade de uma avaliação especializada:

1. Mudanças Significativas de Comportamento

Se seu filho costumava ser sociável e de repente se torna introspectivo, irritado ou agressivo, isso pode indicar um problema emocional ou psicológico. Mudanças bruscas de comportamento devem ser observadas com atenção.

2. Tristeza ou Ansiedade Excessiva

Sintomas persistentes de tristeza, apatia ou medo intenso sem um motivo aparente podem ser sinais de depressão ou transtornos de ansiedade, condições que exigem acompanhamento profissional.

3. Dificuldade de Concentração e Queda no Desempenho Escolar

Se a criança demonstra dificuldade crescente para manter o foco, apresenta esquecimento excessivo ou queda repentina nas notas, pode ser indicativo de transtornos como TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) ou outros distúrbios cognitivos.

4. Agressividade ou Comportamento Autodestrutivo

Se a criança começa a se envolver em comportamentos agressivos, automutilação ou verbaliza pensamentos suicidas, a busca por ajuda deve ser imediata.

5. Distúrbios do Sono ou Alimentares

Dificuldade para dormir, pesadelos frequentes, insônia ou alteração repentina no apetite também podem ser sinais de sofrimento emocional e necessitam de investigação.

6. Isolamento Social

Se a criança evita amigos, parentes ou atividades que antes gostava, isso pode indicar um transtorno emocional subjacente.

7. Medos Excessivos e Fobias

O medo é uma reação natural, mas quando ele se torna excessivo e interfere na vida da criança, pode ser necessário um acompanhamento psiquiátrico para avaliar e tratar fobias ou transtornos de ansiedade.

Como Funciona a Avaliação Psiquiátrica Infantil?

A consulta com um psiquiatra infantil envolve entrevistas com os pais e a criança, avaliação clínica e testes específicos para entender a situação. Com base nos resultados, o profissional pode indicar tratamento terapêutico, mudanças na rotina e, se necessário, medicação.

O Papel dos Pais no Processo de Tratamento

Os pais desempenham um papel fundamental no apoio emocional e na adesão ao tratamento. Algumas atitudes importantes incluem:

• Criar um ambiente seguro para a criança se expressar;

• Incentivar conversas abertas sobre emoções;

• Evitar julgamentos e cobranças excessivas;

• Buscar apoio profissional sem estigmatização.

A saúde mental infantil deve ser tratada com a mesma seriedade que a saúde física. Reconhecer os sinais de alerta e buscar ajuda especializada quando necessário pode fazer toda a diferença no desenvolvimento e bem-estar da criança. Se você identificou qualquer um dos sintomas mencionados neste artigo, não hesite em procurar um profissional de saúde mental.

Fontes:

• Sociedade Brasileira de Pediatria

• Organização Mundial da Saúde (OMS)

• Associação Brasileira de Psiquiatria Infantil